OBRIGADA POR TUDO, DUQUE DO GLICÉRIO! | PROFESSORA JANAÍNA MONTEIRO | CRÔNICAS DE UMA PROFESSORA

    A  EMEF Duque fica a 32 Km da minha casa, e a maior parte desses anos, fui de ônibus, trem e metrô pra lá. Quando você nem chegou nos 30 ainda, distância não é problema, mas depois que passa dos 40,  e por uma pandemia, a distância faz muita diferença.  Isso pra começar explicando que o motivo da minha saída da Duque foi a distância, ano que vem inicio nova jornada a 8,8 km da minha casa em Mauá. 

    Como pretendo escrever outras crônicas compartilhando esses 16 anos na Duque, hoje apenas escrevo pra agradecer, não vou citar nomes, porque não posso esquecer de ninguém!

 

    Começo agradecendo às pessoas maravilhosas que tive a sorte de conhecer, conviver, e aprender tudo! Agradeço sua parceria, paciência e generosidade. Sou porque somos!

    Na Duque conheci pessoas que estão na minha vida pra além da escola, amizades que trago como um bem precioso, e que só tenho a agradecer!

    Levarei comigo um pouco de cada estudante, docente, auxiliares técnicos, gestores, coordenadores, merendeiras, auxiliares da limpeza e comunidade escolar.

    Agradeço às inesquecíveis parcerias nos projetos, dentro das aulas e no contraturno, em especial à cada estudante que passou pelo O Grito do Glicério, que completou 10 anos em 2019. Estudantes inesquecíveis!! E muita gratidão à toda equipe de Educomunicação da SME e formadores da DRE Ipiranga! 

    Agradeço a experiência que o Laboratório de Informática me proporcionou ao ter lecionado do 1° ao 9° do Ensino Fundamental, e na Educação de Jovens e Adultos (EJA), onde pude conhecer muitas histórias de vida e de sobrevivência de pessoas de todas as partes do Brasil e do Mundo! 

    Nem tudo foram flores nessa década e meia, tivemos anos ruins, momentos difíceis, perdemos pessoas no meio do caminho. 

    E do luto à luta, com parceria e resistência conseguimos sobreviver ao descaso do poder público, a perda de direitos (que parece não ter fim), e perseguições, e aqui agradeço a companheirada das greves e reposições.

    Sobretudo agradeço aos paus pra toda obra do chão da sala de aula, pela parceria nas horas de perrengues do dia a dia nessa unidade escolar com tantos desafios.

    Não posso deixar de mencionar que quando cheguei na Duque, meu filho tinha apenas 8 meses, e hoje aos 16 anos e meio ele tem boas lembranças de todo o carinho que recebeu na Duque, então, agradeço ao Raul por ter dividido sua mãe com a Duque, manhã, tarde e noite. 

    Agradeço imensamente todo carinho e cada mensagem que recebi. Carta de despedida, abraços apertados e lágrimas. Todo mundo que conseguiu assinar meu avental (faltou muita gente que já se aposentou ou removeu), e os estudantes não assinaram porque a prova São Paulo on-line atrapalhou minha despedida com as minhas turmas, mas eternos alunos da EJA os representaram. 

 Termino essa crônica parafraseando algumas colegas de trabalho que me disseram: "Obrigada por tudo". 

Ao que respondo: Eu que agradeço, aqui me forjei professora, aqui fui feliz!

Obrigada por tudo, Glicério e até a próxima! 

Deixo um pouco de mim aqui e levo muito de vocês comigo. Gratidão! ☺️💛

Professora Janaína Monteiro