Mauá, deslizamentos e a imprensa sensacionalista.

Desde a última quarta-feira, dia 05/01, temos acompanhado o resultado das precárias condições de moradia em nossa cidade. Esse debate é tema constante em minhas aulas de Geografia.
A grande questão é a propriedade privada, essa velha amiga de todos. Não é tão dificil visualizar a luta de classes na ocupação do espaço urbano, e onde boa parte dos trabalhadores moram.
Acompanhamos ano a ano, seja no Morro do Bumba ou no Morro do Macuco a perspectiva de centenas de famílias irem lama abaixo. O que mais incomoda é ouvir a imprensa dizer: "a natureza se revolta", "população carente".
A cidade de São Paulo amanhaceu embaixo d'água hoje, resultado do Aquecimento Global e suas consequências, mas garanto que não incomodou nenhum morador do Jardim Europa em São Paulo, logo, é clara a luta de classes em torno da ocupação urbana. Porque os programas habitacionais não funcionam? Resposta rápida: porque os trabalhadores na maioria das vezes têm que morar a quilometros de distância do trabalho. Porque não reorganizar os centros para desocupar as áreas de risco periféricas? Ou ainda descentralizar estruturas, que é o que será mais viável diante do crescimento populacional. Começamos aqui uma grande discussão...

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